Quando se pensa em pecuária e meio ambiente, não é necessariamente na forma de uma relação positiva. Identificar o que acontece no campo é difícil, mas essencial para equilibrar essa equação.
Em todos os setores econômicos buscam-se soluções que tragam maior eficiência energética, que sejam economicamente viáveis e que viabilizem a sustentabilidade das operações desenvolvidas.
Assim, medidas para remover da atmosfera gases de efeito estufa, podem ser tão importantes quanto as ações para a reduzir a emissão destes gases, em especial o CO₂.
A forma mais simples e acessível de remoção de carbono do ambiente, é por meio da vegetação e sua interação com o solo. Assim áreas agrícolas, pastagens e áreas de florestas (plantadas ou naturais) podem contribuir significativamente no equilíbrio das emissões de gases e a sustentabilidade de nosso planeta.
Argustech, empresa com mais de 18 anos de conhecimentos em sensoriamento remoto, ciência de dados, agricultura e meio ambiente, desenvolveu uma metodologia que torna possível estimar a capacidade de fixação de carbono nas atividades agrícolas. A metodologia elaborada pela empresa é capaz de identificar áreas com maior ou menor capacidade de retenção de CO2, distinguindo, classificando e quantificando diferente parâmetros da vegetação. Coletado e parametrizado, os dados abastecem algoritmos matemáticos que calculam a biomassa produzida e o CO₂ fixado no solo.
Apresentando resultados consistentes, a tecnologia é rápida, de baixo custo e aplicável para grandes áreas, um desafio para qualquer inovação, dada às dimensões dos territórios agrícolas. Como na pecuária, umas das atividades mais criticadas quanto aos impactos pela emissão de CO₂, onde a implementação desta solução é promissora.
De modo geral, pastagens em boas condições podem remover entre 3 e 5 equivalentes de moléculas de gás carbônico para cada unidade emitida pelos bovinos, entender essa relação e explorar o máximo de seu potencial é a proposta da Argustech.
Aplicando modelagem matemática e um conjunto de dados como características do solo, tipo e fisiologia do pasto e eficiência de manejo, é possível classificar piquetes por sua capacidade em reter CO2. Essa informação possibilita planejar melhor o pastejo, possibilitando que essas áreas possam atingir a sua capacidade máxima de alocação animal, com a máxima eficiência de retenção de CO₂.
Esse exemplo aponta como a agropecuária pode evoluir, tornando os processos mais eficientes em relação às questões ambientais. Neste contexto, as inovações tecnológicas podem trazer soluções que consigam melhorar a relação com o meio ambiente e a sustentabilidade econômica e ambiental das atividades.